Nunca nos renderemos…

“Nós vamos até o fim. Nós (…) lutaremos nos mares e oceanos, lutaremos com crescente confiança e crescente força no ar, (…) lutaremos nas praias, lutaremos nos terrenos de desembarque, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas; nunca nos renderemos…

Winston Churchill, 04/06/1940

Antes de mais as inevitáveis declarações de interesses:

Nem eu, nem ninguém cá na família somos “wargamers”.

Declarado que está, tenho que mencionar o meu amor pela história, em especial pela história da humanidade e a forma como ela anda a par com os conflitos bélicos.

A 2ª Guerra Mundial foi um dos conflitos mais sangrentos e tristes da história recente da nossa espécie, não só pelos aspectos bélicos associados, mas por todo a agregação de xenofobia e racismo que a ela esteve associada e que cujos efeitos ainda hoje persistem nas nossas sociedades “modernas”.

Reduzir toda complexa mescla que envolveu este conflito a um jogo de guerra “leve” parece contra producente mas é, talvez, a forma mais eficiente de continuar a relembrar e alertar todas as gerações para o que se passou, para que o mesmo não se repita.

Então, como desenvolver um “xadrez moderno” de conflito de guerra de meados do séc. XX?

O designer Richard Borg, em conjunto com a Days of Wonder, adaptou o seu sistema Command and Colors, já aplicado em outros títulos bélicos com relativo sucesso, à temática da 2ª Guerra Mundial e marcou fortemente muitos jovens jogadores.

Um deles fui eu que, no início da minha aventura no mundo dos jogos de tabuleiro modernos, descobri esta pérola, o Memoir’44.

O que se seguiu foi uma espiral de aquisição de várias expansões de modo a expandir o universo deste jogo…

Algumas ficaram de fora por opção, outras porque não fui a tempo de as apanhar antes de ficarem OOP (Out Of Print-Fora de Impressão-Extintas!).

Uma delas sempre foi o Air Pack, que adicionava o apoio aéreo aos combates. Não sendo especialmente importante para a experiência de jogo, fui-me esquecendo do assunto, até ter recebido novas notícias de uma expansão a ser lançada no final de 2018/início de 2019, de nome New Flight Plan.

Segundo as poucas informações disponíveis, esta expansão será o que o Air Pack deveria ter sido logo de início, com uma experiência sólida e fluída de jogo.

O que (parece) está confirmado:

15 a 18 novas miniaturas de aviões
maiores que as anteriores presentes no Air Pack
3 aeronaves por nação
- 1 caça
- 1 caça-bombardeiro
- 1 bombardeiro
em bruto, não pintadas
após accionadas as aeronaves mantém-se em jogo no tabuleiro, sem necessidade de serem activadas a cada turno, sendo activadas como uma unidade “normal”
as acções das aeronaves são dirigidas por cartas específicas. Após não se ter mais cartas a aeronave pode ser removida ou ficar no tabuleiro a ocupar um hexágono.
a munição é limitada
o terreno não afecta a aeronave mas esta pode ser atacada por qualquer unidade terrestre ou por uma aeronave inimiga em combate aéreo.